sábado, 16 de agosto de 2008

Devaneios sobre a solidão



Quem disse que a solidão significa tristeza?
Magnificante é estar largamente só, poder falar alto conosco, passar sem estorvo, pousar num devaneio, se sentir como um monge no ermo, um eremita no retiro, sendo que somos como ilhas no mar, corre entre nos o mar que nos define e separa, por mais que nos esforcemos para conhecer o outro, mas apenas percebemos uma sombra disforme do seu entendimento.
Não sinto uma alegria maldosa perante ao rebaixamento dos outros, uma irritação sinuosa, não é bondade, mas quem se demonstra ridiculo não é apenas para mim, mas para os outros também e isso me irrita, que alguém esteja sendo ridicula para os outros me sinto ferida que alguém ria a custa de outrem, quando não tem o direito de o fazer. Se o rirem de mim, não me importo, pois tenho um desprezo profícuo e blindado. Não me julgo superior ao desprezar, a arte do desprezo nobre esta aí, sendo assim me isolei dos movimentos da vida, achei o que procurava fugir, não queria sentir a vida nem toca-la, pois sabia que a sensação da vida sempre me era dolorosa, isolando-me, exarcebei a minha sensibilidade já excessiva , e me ferri, fugi para o mesmo lugar onde estava.
Mas se me socializo tudo desaparece, perco a inteligência, deixo de poder dizer, sinto apenas sono....

3 comentários:

Anônimo disse...

nem tiro de fuzio fura esse colete!rs bjos!

Bruna Madega disse...

Nossa pra que essa armadura garota?? Tudo bem que eu concordo contigo, mas em partes, também não precisa ser tão isolada né se não tu perde o melhor da vida...


Bjuzzz

Anônimo disse...

a gente acha que é forte, até que vem alguém com um martelinho e vai nos esculpindo, e nos descobre...
evidentemente.