Com as mãos
pegou e espremeu,
me torturou
como podia.
Não tinha arego,
pão não recebia,
nem um pano umedecido
em minha boca eu sentia.
Me cortou com navalhas,
e minhas feridas com limão escaldava,
ao sol me prostava
e queimadura se formava.
Eu já cega,
quem me era carrasco não via,
voz eu escutava
que seu nome entonava.
Voz mentirosa
eu dizia.
Não acreditava no que ouvia,
depois de tanto apanhar
só podia estar a variar.
Meu amor,
me mantinha viva,
esse relutante
nunca se esvaia.
De alguma mão,
bendita mão,
colírio jorou
e meus olhos inebriados
de escuridão,
a luz se mostrou.
Vi quem me açoitava,
era quem me viva mantinha
com tanta desilusão
Meu amor,
não mais relutou
e meu corpo
se entregou.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Dor Profana
Vácuo, escuro
denso, interno.
Agonia fervecente,
enraizada em minha mente
Insanidade já não me é estranha
nos sombrios vales da minha mente
ela me acompanha
Vivo numa masmora
que eu mesma costrui, edifiquei
e la me tranquei,
tenho minha solitária
e me nego abandona-la
Passam os dias
nada modifica, nada sinto
e nem quero sentir
Sentimentos enganam
quando você abaixa a retaguarda
sente uma lamina amolada
Essas não são confissões
de um coração magoado,
são pensamentos
de uma mente atordoada
Esperanças não realizadas,
sonhos acabados e
amores ouriçados
Não peço clemência
e muito menos piedade
sinceramente
hipocrisia me enoja
Quero apenas
um par de meias
ou uma aquecedor para
meus pés gelados.
denso, interno.
Agonia fervecente,
enraizada em minha mente
Insanidade já não me é estranha
nos sombrios vales da minha mente
ela me acompanha
Vivo numa masmora
que eu mesma costrui, edifiquei
e la me tranquei,
tenho minha solitária
e me nego abandona-la
Passam os dias
nada modifica, nada sinto
e nem quero sentir
Sentimentos enganam
quando você abaixa a retaguarda
sente uma lamina amolada
Essas não são confissões
de um coração magoado,
são pensamentos
de uma mente atordoada
Esperanças não realizadas,
sonhos acabados e
amores ouriçados
Não peço clemência
e muito menos piedade
sinceramente
hipocrisia me enoja
Quero apenas
um par de meias
ou uma aquecedor para
meus pés gelados.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Invadida
Borboletas voam
por dentro, por fora
por cima, por baixo
Formigas circundam
por cima, por baixo
por dentro, por fora
Borboletas no estômago
Formigas nos pés
Você entre
as borboletas e as formigas
não voa
nem circunda
Você suga
por fora, por dentro
por baixo, por cima
Você
em meu corpo
em minha alma
Você me domina
por dentro, por fora
por cima, por baixo
Formigas circundam
por cima, por baixo
por dentro, por fora
Borboletas no estômago
Formigas nos pés
Você entre
as borboletas e as formigas
não voa
nem circunda
Você suga
por fora, por dentro
por baixo, por cima
Você
em meu corpo
em minha alma
Você me domina
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